Nada como estar em paz.
Assisto o jogo desprovida de qualquer emoção,com a frieza de uma estátua egípcia,como aquelas encontradas nas pirâmides e palácios em ruínas.
A torcida grita,o juiz apita e os comentaristas falam sem parar,às vezes indignados com a violência do jogo.
Nada me atinge.Permaneço envolta em uma espessa nuvem de paz que me isola de qualquer reação : um sorriso,sobrancelhas arqueadas,olhos arregalados,boca escancarada,testa franzida em sinal de preocupação...nem a violência do time adversário me abala ou provoca algum estímulo.
Assistir jogo assim é como estar imune ás vibrações coletivas do mundo lá fora.Estou blindada.Estou em paz.
Maat / SAMPA / 2016