CAMINHANDO SÓ
Quis aproveitar a mudança do fuso horário e fui caminhar logo depois do café. A ruazinha aqui em frente o prédio é bastante tranquila,e no domingo dá para fazer uma boa caminhada em paz.Na verdade,a rua não é tão “chuchu beleza “ assim. Tem muitas pedrinhas e cascalhos,buracos na calçada,desnivel na sarjeta,mas…dá pro gasto. Prefiro, do que pegar o carro,me deslocar até algum parque,ficar horas girando em busca de uma vaga para estacionar e me estressar com aquele monte de gente e de bicicleta passando pra lá e pra cá.
Os obstáculos da minha ruazinha ( que tem pedrinhas em vez de brilhantes ) me obrigam a focar a atenção aonde piso. Portanto a minha caminhada é uma caminhada budista : tenho que prestar atenção aonde ponho meus pés. Nada de devaneios e distrações. Minha mente tem que estar em sincronia com o movimento dos pes e os desniveis da calçada,do contrário…posso cair que nem jaca pelo chão.
Foi uma caminhada solitária. Não cruzei com nenhum ser humano,nenhum cachorro,nenhuma pombinha pelo chão ( cena comum aqui no bairro ). Caminhei completamente só.
Será …? Tive a sensação de que a brisa fresca,que durante todo o tempo acariciava levemente o meu rosto,parecia dizer que eu estava sendo acompanhada,e que tinha mais gente caminhando comigo.
..............................................PenhaBosell*i / maat 2015
Maria da Penha Boselli
Enviado por Maria da Penha Boselli em 04/11/2015
Alterado em 15/11/2015