Textos
RUIDOS URBANOSQuase impossível raciocinar ou pensar em alguma coisa para escrever, com esse barulho de lixa raspando em pedra que vem da rua. Dessa vez não é no meu prédio, mas no prédio da frente. Meu bairro já foi melhor. Nos tempos de agora tá muito barulhento, com fluxo de carros que irritam em alguns horários do dia.
Entendo que o Hospital São Paulo estendeu suas propriedades em todas as pequenas casinhas ao redor, chegando agora até na minha rua.É departamento disso…daquilo…ambulatórios pequenos e específicos para cada área da medicina etc…Também existe agora a poucas quadras daqui, uma faculdade de artes que trouxe mais carros e mais barulho ( porque com ela vieram os barzinhos ao redor ) O pessoal que mora nas vilas fechadas devem estar surtando…
Mas quando estou em Taquaritinga,também absorvo muito barulho : carros com sons no último volume ( pior que o volume são os gostos musicais ) Um apito incessante de madrugada que perturba o sono e muitos carros abrindo e fechando suas portas logo de manhãzinha, em busca de carne no açougue São Luis.
Má vá…com saúde a gente releva.Tem coisa pior na vida e sou adepta da teoria da gratidão. Mas se meus ouvidos pudessem selecionar ruídos, seria do bem te vi, do sabiá e do beija flor.
Aqui em Sampa também tem bem te vi, sabiá, beija flor e pomba rola. Mas eles esperam a hora mais silenciosa do dia para cantar…são sábios. Com barulho urbano eles não se escutam e o diálogo passarinhal fica difícil. Namorar então…vixi ! Quase impossível.
Com barulho ou sem barulho,” the day is running “...so…
Bom Dia !
Maria da Penha Boselli* / 2017
Maria da Penha Boselli
Enviado por Maria da Penha Boselli em 14/03/2017
Alterado em 14/03/2017
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